Prezada Doutora,
Lamento os meses de ausência. Garanto que não foi por fuga ou negligência com suas indicações. Estive realmente distante, partido em muitos, passado em um prisma qualquer, talvez a apatia... Pergunto-me se não seria tudo isso conseqüência do tratamento. Só agora sinto os dedos formigarem.
Em resposta a sua pergunta, fique tranqüila. Não tenho mais tormentos de sono. Agora durmo noites sem histórias. No entanto, quando acordado, sinto soar em mim a velha canção tal qual um mantra de fogo, que se reconstrói dia-a-dia, sempre inacabado e pedindo mais - Pássaro dos infernos!
Só ontem entendi o que quis dizer com “projeção”. Lamento concordar.Mas, se esta é a realidade que tenho... As reticências são um alívio! Só Deus sabe das minhas represas. Só ele! Vê-se que ainda estou aprendendo a conjugar novos verbos.
“Todo en ti fue naufragio!”, como você diz. Que a palavra seja – sempre – a única recompensa dos afogados.
Lembranças
Seu paciente
Um comentário:
mais nem um tormento de sono ;P !??
sau
da
de
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