sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Chorinho para Eurídice

O primeiro acorde da Lira insiste
Para delírio dos meses... Eurídice...
Em um inferno sem nenhum poema
Foi contigo morar a minha pena.

E mesmo não sentindo ao peito
A minha mão como se fosse tua,
Compartilho teu lamento como meu
Entre as sombras frias da loucura.

Mas sofre, então, de sentimento,
Que com razão a vida é sempre dura.
Recolhe na tua raiva o meu alento.

E, quando no vazio descobrir-se ausente,
A tristeza talvez permita uma pergunta:
Na vida qual amor não é presente?

4 comentários:

Unknown disse...

Queremos mais atualizacoes!

Anônimo disse...

A dança.... Neruda...ótimo!

Thiago Cascabulho disse...

Existem várias formas de morte em vida. Mortes matadas e mortes morridas. Esta foi do tipo matada. E com a violência desmedida que segue... segue...

Unknown disse...

Olha o Neruda ai gente...! rs