O primeiro acorde da Lira insiste
Para delírio dos meses... Eurídice...
Em um inferno sem nenhum poema
Foi contigo morar a minha pena.
E mesmo não sentindo ao peito
A minha mão como se fosse tua,
Compartilho teu lamento como meu
Entre as sombras frias da loucura.
Mas sofre, então, de sentimento,
Que com razão a vida é sempre dura.
Recolhe na tua raiva o meu alento.
E, quando no vazio descobrir-se ausente,
A tristeza talvez permita uma pergunta:
Na vida qual amor não é presente?
4 comentários:
Queremos mais atualizacoes!
A dança.... Neruda...ótimo!
Existem várias formas de morte em vida. Mortes matadas e mortes morridas. Esta foi do tipo matada. E com a violência desmedida que segue... segue...
Olha o Neruda ai gente...! rs
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