segunda-feira, 29 de março de 2010

Golondrina

Todavia amaré una golondrina
Como amo a tu nombre
Bajo la palavra cielo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Arranhão

Em breve tempo - lá vai o vento, lá vai...
Leva as palavras, leve... Uma a uma
Ladrão! Lento a me sorver vogais,
Lança consoantes em lacunas...

Lá vai o vento! Passa sem querer demais,
Lá vai! Languido laçador de chuvas...
Sanguessuga! Lambe lindos temporais
E deixa ternas expressões viúvas.

Secas folhas... Brancas laminas...
Lanham as costas tão sem culpa!
Lá vai o vento, lá vai, lá vai...

Vai o logo converter-se em espuma?
Lá vai o vento enquanto... Lá vai...
Latejo novamente em tuas unhas.

sábado, 20 de março de 2010

Documentário Projeto Douradinho 2009

http://www.youtube.com/watch?v=W7eaR_tg0sE

terça-feira, 16 de março de 2010

Porvires

Em resposta ao amigo, poeta e confrade Léo Seixas,
que me viu no poema Última Página, de Olavo Bilac,
ao qual me reporto, em réplica, nesse soneto;
e à Dama das Chuvas Érica Alves.

No horizonte formam-se cascatas
De porvires que anunciam os textos.
Sinto mãos de uma cigana, pondo cartas...
Escrevo ao destino em meus sonetos.

É de eterno retorno este afeto,
Que me transcreve estações do ano:
Se lambidas vagas molham o inverno
É que vagões repletos gozam outonos.

É excitante o amor pelas palavras...
Será o único? A poesia nos explica
Quando versifica o futuro em sua lavra.

Se a palavra os sentimentos liga...
Quanto amor constelará nos mapas
Se de paixão a minha vida é rica?