sábado, 23 de agosto de 2008

Incêndio

Alexandria nos meus olhos, queima
Uma pira de livros e poemas.
Tardes e noites em pó de cinzas
Sem intervalos, noites e dias...

Na voz do vento o verso cala.
Todo o sentimento vai... vai...
Vai embora por estradas de ar
Que assobiam... Até nunca mais...

No esteio de algum horizonte,
Talvez os retalhos se encontrem
Na forma de um eco vibrante

E na cor de outros olhos, queimem
Amarelos e vermelhos, poemas novos
E novas despedidas, eternamente.

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