terça-feira, 19 de agosto de 2008

Dia do Elefante

Foi a tia que me acordou (acordou?). Depois, o banheiro que será de azulejos desenhados e o tapete de bolinhas. O único fato é a espuma nos pés. Marcante o prazer de te lavarem as dobras dos dedos... Depois, meticulosamente me penteiam os cabelos de lado. E falam, e falam. Eu só sei que é branco o armário (sei?).

Outra vez na rua (outra vez?), que está cheia. Vou carregado... O pensamento finge um vôo (finge?). O circo está ali. Depois, dou risada com alguma coisa... E falam, e falam. Me apontam um palhaço puxando uma corda. Era um palhaço? Não, o palhaço vai ser depois da lona desbotada.

Cheiro de serragem pela primeira vez (foi?). Na outra esquina, depois do prédio que vai ser amarelo, no terreno vazio, pessoas olham. E falam, e falam. Vou chegando por cima...
Lá no fundo, no fundo, fundo: o Elefante. Enorme. Ele mastiga cana de açúcar. Mastiga. E olha para mim. Olha.

De volta para casa, caminho de mãos dadas. Pertinho, um carro encosta na calçada. Era o pai de embrulho no colo.
Minha irmã.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse embrulhinho era eu!!!! Te amo demais meu irmão! Vc é o máximo! Bj