sábado, 30 de maio de 2009

Nascente

Enquanto não escrevo nada de novo, posto aqui algumas coisas das antigas. Este poema é de 2000. Abraços


Nasceu embrulhada em um pedaço de manhã
Dilatando fragrâncias
Despertando sonhos inexatos.

Nasceu coberta por um véu de carícias
Abrindo abismos de calor,
Conduzindo aventuras e medo.

Nasceu derramando ternura
Destilando encantos
Compondo vertigens.

Nasceu no regato
Por onde escorre meu sofrimento.

E ainda nasce eternamente
Nas palavras que escrevo
No tempo que resta
No saboroso desassossego
Do poeta.

15 comentários:

Anônimo disse...

Poeta Thiago, ja conhecia este poema! Ele está na primeira edição do Amiga Lata, não é?
Agora, conta para gente: o que é que nasce? Para mim é a própria poesia :)

Fantasminha: que bom recomeçar com uma "Nascente"!
R. Bandeira: quem escreve como vc nao pode ser um graveto. Desejo melhores noites de sono para você.
Julieta: no caso deste Blog, ser anônimo é mais divertido!
Beijosssssssssss

Anônimo disse...

Ai, fui tão anônima que até esqueci de assinar! :))))))))))))
Andorinha!

Anônimo disse...

E aí eu não podia deixar de lembrar um mineiro:
NASCENTE (Flávio Venturini)

Clareia
Manhã
O Sol vai esconder a clara estrela
Ardente
Pérola no céu
Refletindo, teus olhos
A luz do dia a contemplar teu corpo
Sedento
Louco de prazer e desejos
Ardentes.

Andorinha, sabe que eu gosto de você? Acho que vc me entende e sabe ser minha amiga!!!
Poeta, apesar do tom descompassado(ou não), da música em relação ao seu poema, eu não podia deixar de lembrá-la. Coisas da poesia, que inspiram a gente.
Bj Bj
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Nossa, Fantasminha! Que recomeço!Tá quente aí em Minas?

Andorinha, realmente esta poesia saiu no livro! Quanto ao que nasce, fica a cargo do leitor.
Atá mais!

Circo Golondrina disse...

Um clássicoooo hahaha. ADORO! Outro dia mesmo lembrei dessa poesia. "Nasceu embrulhada ..." é quase como um "PRAQUÊ!?" hahaha.
Beijos assinados - que é meu divertidissimo estilo :o)

Anônimo disse...

Obrigada, Fantasminha! E realmente quero ser sua amiga! Se resolver aparecer aqui por Brasília mande um sinal que te levo pra dançar.
Poeta, nao fica com ciúmes, ok? Fique sabendo que já gosto de vc mesmo sem te conhecer pessoalmente, so por tua palavra. Aposto que a Fantasminha gosta também, mas tenho um palpite que ela te conhece mais que eu.
Beijosssssss
Andorinha

Anônimo disse...

Ah, Julieta, aqui pra vc ó :P
A. Meirelles

Anônimo disse...

Querida amiga Andorinha. Eu amo dançar e não vou esquecer o convite. Quem sabe a gente consegue levar o nosso Poeta?!
Como boa fantasma, sou transparente, é por isso que as pessoas vivem me adivinhando... kkk
Conhecia muito nosso poeta de ouvir falar, agora conheço a fundo.
Não existe nada melhor que as letras para descobrir o pensamento.
A sensibilidade deste poeta tão jovem e ao mesmo tempo tão maduro me emociona.
Eu nunca me imaginei anônima(não é o meu jeito mineiro - isso é só pra zoar a Julieta) mas devo confessar que estou me divertindo pra caramba.
Bons vôos. A todos nós.
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Olá! Conheço muitos bares em Brasília, mas nunca saí para dançar por aí. Topo! O mesmo vale para Minas, seja em qual cidade a nossa querida Fantasminha assombre.
Ah, F. de Mello, já que vc me conhece a fundo, então poderá me ajudar pq eu ainda nao consegui descobrir.
Ju, não fique triste com as meninas. Vc é a única que vai trabalhar -literalmente - vestida de branca de neve e ninguém estranha. Já é uma caricatura de vc mesma!
Beijos e até a próxima

Anônimo disse...

Poeta, é porque você não me conhece a fundo! Eu não tenho o dom das palavras e aí então vc não pode me ver dentro. Para mim é fácil!!! Vc se mostra por inteiro quando escreve...
Bj
F. de Mello

Anônimo disse...

Oi, Thiago! Encontrei seu blog através de uma poesia sua que saiu no Globo mas já te conhecia pelo Amiga Lata que foi trabalhado com alunos meus. Fico contente em ver seu talento crescendo.
Sempre passo por aqui mas desta vez faço um pedido: não deixe um blog bom como o seu se transformar em msn. Inibe o leitor comum a deixar um comentário já que nos sentimos fora da conversa.
Quanto aos anônimos, sugiro não implicar com a Julieta. Justo ela que, como o blog delata, mais que Branca de Neve é própria princesa do jardim. Certo, autor?
Mais uma vez, parabéns pelo talento.
Flavinha, ex professora do Colégio Paulo VI.

Anônimo disse...

Poeta Thiago, parece que nossas brincadeiras andam incomodando alguns. Sei lá, eu sempre me classifiquei como leitora comum em seu blog e sempre achei também que todos os outros leitores, anônimos ou não, seriam bem recebidos aqui.
Pra participar das conversas, pra comentar as poesias e se divertir. A vida é alegria, gente! O seu blog nunca vai ser msn porque aqui a poesia fala por si. As pessoas não deveriam se inibir, nem pensar que estão fora da conversa pois perdem a oportunidade do elogio, da bronca, do riso. O papo é de todos e a poesia democrática. Por isso termino com a célebre frase de Voltaire:
"Não concordo com nada do que dizes mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo".
Bj
F. de Mello
* Espero não ter confundido o escritor iluminista...

Thiago Cascabulho disse...

Amigos leitores,
Escrever é solitário. Durante o processo de escrita, o autor interage apenas consigo mesmo ou com seus personagens. Mesmo quando temos a rara oportunidade de publicar um texto em livro ou jornal, são poucos os encontros com leitores. Ai, e como gosto de saber o que eles acham dos textos!
A internet abre a incrível possibilidade desse contato direto, fácil. Além disso, vejo a literatura como uma experiência que deve ser compartilhada. Quero saber o que meus leitores lêem, quero dividir experiências pessoais, quero fazer amizades (mesmo sendo elas virtuais), quero dar e receber indicações... E tudo isso acontece neste espaço de comentário do meu Blog. Ou melhor, do NOSSO Blog.
Aqui o autor não está distante do leitor. Somos iguais, alimentamos juntos o processo de criação com o melhor combustível para a literatura: a vida. E vida pede diálogo.
Amigos, este é um espaço para participação. Participa quem lê, participa quem escreve. E todos estão convidados a entrar na conversa! Só não vale xingar a mãe ou o coleguinha, ok? Para isso que serve a ferramenta Lixo, caso eu ache que algo foi ofensivo... click, deleto.
Professora Flavinha, muito obrigado pela presença. Sugiro que tente a experiência de postar por aqui algum poema ou trecho de livro que goste. Ou quem sabe uma produção inédita, sua?
Fantasminha, no início confesso que fiquei ressabiado (e curioso) com o seu anonimato, principalmente por sentir que vc me conhecia pessoalmente. No entanto, resolvi deixar as neuras de lado para seguir com este contato virtual interessante, que segue rendendo boas trocas.
Quanto a Julieta, sei que ela não se ofendeu com os comentários da Andorinha, muito pelo contrário, deve ter se divertido. Juli, a casa é sua, volte sempre que se sentir confortável, ok?
Boa semana para todos!
Ufa!
Thiago

Anônimo disse...

Que bom, Poeta que a sua intenção é democratizar a escrita. Autor anônimo, poeta de rimas pobres e pequena lavra, sinto-me aqui como em casa, manifestando minhas ideias,falando sério, brincando e me divertindo com vcs.Adoro a mineirice arraigada da nossa certamente linda Fantasminha, é bom voar com as frases da Andorinha e é divertida a personalidade da Julieta. Por cima de tudo, a sua ótima poesia.
Beijos a todos
R. Bandeira.

festamixturada disse...

Poema bom de se ler, se ouvir
e principalmente: não esquecer.
Com minha gratidão.
Bjs
Elisa Carvalho