Para relembrar a querida Confraria Literária da Cachaça, fundada em 26 de setembro de 2007 e no momento de férias - além das noites de boemia, claro - posto o poema que fiz para abrir o nosso primeiro caderno. E já estamos no terceiro! Noites entre amigos, poesias e boa bebida... Muitas outras virão!
O deleite nos chama, hedonistas,
Por entre labaredas de bebida!
Nada vale a tormenta, amigos!
O que é o amanhã em tuas vidas?
Celebremos pois, em sonhos,
Só o que indica a razão dos olhos!
E tomemos como guia, a língua,
Até onde nossa garganta admite!
15 comentários:
Tenho tantas "cachaças" que fica
difícil saber
por qual delas a embriguez
vem primeiro.
Abs pro autor deste blog.
E espero que ele visite o meu tb!
Que coincidência! Também faço parte de uma Confraria. Meus amigos e eu nos reunimos para colocar a "fofoca" em dia, discutir, no bom sentido, sobre tudo, até de futebol. Tem vinho, cerveja, cachaça e "cachaças" de sua amiga Elisa. Tem de tudo um pouco, na singularidade de cada amigo.
Beijo grande.
F. de Mello
Eu adoro confrarias. Com amigos ou pessoas desconhecidas. Toparia participar da sua, se vc um dia me convidar. Beijos
Obs: leitores, o meu blog anda meio lento, mas logo posto coisas novas por aqui, ok? Mudanças que consomem...
Então tá combinado!!! E vc convidado. Só falta vir...
O único problema é que vou deixar de ser fantasma e encarar a vida real. Tenho medo da vida real, feito Gasparzinho.
Ser ou não ser, eis a questão.
BJ
F. de Mello
Se é pra encarar a realidade um tanto melhor. Não é problema - é solução. Como eu estou na realidade, espero o meu convite do lado de cá da vida.
Até breve
Beijo
Bem, Poeta, antes de me mostrar, deixo pra vc um pedaço de mim.
"Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. Sou um ser. E deixo que você seja.
Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo."
Tem certeza? BJ
F. de Mello
Tenho certeza, mesmo que doa no começo. Mas pode não doer, e esta é a esperança...
De qualquer forma, acho que vc pode me ensinar a entender a Clarice. Do lado de cá, claro.
Beijo
"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento.
Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que vc não conhece como eu mergulhei. Eu sou uma pergunta".
Bj
F. de Mello
Fantasminha, pelo que vejo, somos dos notivagos. Isso é bom. Como vc e a Clarice sao perguntas, talvez vcs possam me ajudar, pq procuro justamente uma resposta em mim... Mas tenho que ter uma chave de pergunta pra abrir a porta...
Esta conversa pode seguir por outros meios? Aceito idéias vindas do além... Beijos
Eu gosto da noite.´Faço td melhor. E detesto acordar cedo... mas preciso!
No meu Além a vida é dura!!! kkkk
Dia destes, quando Gasparzinho criar coragem, a conversa vai por outros meios.
Bj
F. de Mello
Só nao entendo pq é necessário ter coragem... Mas vc me explica isso um dia. Fico na espera por algum contato mediúnico, aparição, ou qualquer outra forma de alô.
Boa noite.
Bjs
Esqueci de dizer que a chave... talvez não a tenhamos. Ainda. Mas é maravilhoso saber que existem possibilidades!!! E a porta. Me fez lembrar a Adriana Calcanhoto,sabia?
Bj bj
F. de Mello
Procuro por uma casa
Que abrigue o meu amor
E nem precisa ser grande,
Pode ser de qualquer cor,
Mas tem que ter muito charme,
Muitos cheiros, muitos brilhos
Porque dentro daquela casa,
Viverei um grande amor.
Caro poeta. Estamos de volta.
Beijos a todos
R. Bandeira.
Ótimo ter você por aqui, R. Bandeira! O seu poema me lembra o Libelo de Vinicius de Moraes:
"De que mais precisa um homem senão de um pedaço de mar - e um barco com o nome da amiga, e uma linha e um anzol pra pescar?
E enquanto pescando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos, uma pro caniço, outra pro queixo, que é para ele poder se perder no infinito, e uma garrafa de cachaça pra puxar tristeza, e um pouco de pensamento pra pensar até se perder no infinito...
De que mais precisa um homem senão de um pedaço de terra - um pedaço bem verde de terra - e uma casa, não grande, branquinha, com uma horta e um modesto pomar; e um jardim - que um jardim é importante - carregado de flor de cheirar?
E enquanto morando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos para mexer a terra e arranhar uns acordes de violão quando a noite se faz de luar, e uma garrafa de uísque pra puxar mistério, que casa sem mistério não tem valor de morar...
De que mais precisa um homem senão de um amigo pra ele gostar, um amigo bem seco, bem simples, desses que nem precisa falar - basta olhar - um desses que desmereça um pouco da amizade, de um amigo pra paz e pra briga, um amigo de paz e de bar?
E enquanto passando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de suas mãos para apertar as mãos do amigo depois das ausências, e pra bater nas costas do amigo, e pra discutir com o amigo e pra servir bebida à vontade ao amigo?
De que mais precisa um homem senão de uma mulher pra ele amar, uma mulher com dois seios e um ventre, e uma certa expressão singular?
E enquanto pensando, enquanto esperando, de que mais precisa um homem senão de um carinho de mulher quando a tristeza o derruba, ou o destino o carrega em sua onda sem rumo?
Sim, de que mais precisa um homem senão de suas mãos e da mulher - as únicas coisas livres que lhe restam para lutar pelo mar, pela terra, pelo amigo..."
É o que todos queremos, né? Vamos manter nossas esperanças para as possibilidades futuras...
Bjs e abs!
Que emocionante! Palavra puxa palavra e chegamos ao Vinícius, que fez um dos mais belos poemas que já li:
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos...
Acho que é ternura, essa palavrinha mágica que me encanta.
E por falar em ternura, R. Bandeira quanta de uma só vez!!!
Poeta, um brinde ao que todos queremos.
Bj, F. de Mello
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