Queridas e queridos,
Comecei este blog quase como recurso terapêutico, quando passava por um momento muito escuro na vida. Esta foi a minha primeira (e grande) experiência no mundo internético, e dela tirei muita coisa boa.
Afora às idéias dos textos que publiquei, aprendi uma coisa vital: o virtual não existe.
Tudo o que se passa na telinha do nosso computador quando estamos ligados à internet é real.
Quando conversamos com alguém pela internet, tocamos pelas palavras alguém real do outro lado.
É um ensinamento antigo e básico, que se aplica num blog, e-mail, carta, conversa, twitter, comentário... Muito cuidado com suas palavras!
Foi neste mesmo espaço de blog - que construí para ser um lugar de troca benigna, cura e amor – que fui vitima da irresponsabilidade de pessoas covardes que ainda não aprenderam a conduzir suas palavras (ou a assumir seus atos).
O caso foi sério. Este é um semi desabafo. Um dia, quem sabe, publico a história toda em livro ou peça.
Bom, o fato é que a energia pesou por aqui. Por isso, este é o meu último post no Cascabulhices.
Mas isso não quer dizer que minhas experiências acabaram! Aos poucos vou migrar uma seleção de textos para o blog da minha página pessoal, e também publicar coisas novas!
Acompanhem: www.thiagocascabulho.com.br
Beijos e abraços
Cascabulhices
Meu laboratório de textos
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Brasil da discórdia
Éris, o espírito da discórdia, estava entediadíssima. Cansou-se das longas férias que Zeus, senhor do universo, impôs aos deuses do Olimpo, há cerca de dois mil anos.
Tentou de todas as maneiras convencer seu marido Ares, deus da guerra, a descer com ela novamente ao planeta terra para infernizar a vida dos homens. Mas Ares, que era um grande covardão e morria de medo dos raios de Zeus, não deu a mínima bola para os pedidos dela e continuou sua brincadeira com soldadinhos de chumbo feito por Hefesto, seu passatempo preferido nos últimos tempos.
Enfurecida, foi consolar-se na margem do Estige - o rio que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos – e escutar as velhas histórias que seu amigo Caronte, o barqueiro, contava sobre as almas penadas. Éris adorava histórias de terror.
Foi quando viu passar por ali o herói Héracles, o grandalhão mais forte de todos os tempos (mas burro feito uma porta), carregando sua grande clava cheia de espinhos. Éris teve a idéia de usá-lo para finalmente poder deliciar-se com mais uma quizomba entre os mortais.
Aproximou-se do brutamontes e mentiu que a grande Hera, esposa perversa de Zeus, lhe obrigava a realizar mais uma tarefa na terra, como complemento aos doze famosos trabalhos que realizara no distante passado. Afinal, treze é um número da sorte mais na moda.
Como Héracles era realmente muito burro e não desconfiava de ninguém, confiou na conversa fiada de Éris e aceitou. Pulou no primeiro Pégaso que cruzou os céus e desceu destrambelhado para cá. Isso mesmo, leitor amigo. Héracles aterrissou no Brasil.
A tarefa: desviar o rio Tietê e transformar a cidade de S. Paulo em uma grande poça d’agua. Éris mal esperava para fazer os humanos perderem suas casas! Que bela confusão seria! Para Héracles, que desviou dois rios para limpar os estábulos do rei Augias, como contam as histórias da mitologia, isso seria moleza.
No entanto, antes de iniciar sua missão, Héracles achou melhor conseguir uma roupa nova, já que estava sem a sua capa feita com a pele do leão da Nemeia – e morrendo de frio, peladão debaixo daquela garoa fina!
Farejou uma onça no zoológico municipal, e já estava atracado com o bicho para arrancar sua pele quando a polícia chegou. Héracles acabou preso por maltrato aos animais e atentado ao pudor.
Para grande tristeza de Éris, quando Héracles conseguiu escapar da prisão, S. Paulo já estava inundada por conta de muitos bueiros entupidos com sacos plásticos e um mês de chuvarada.
Mas Éris era teimosa e não desistiu de suas maldades. Obrigou a Dédalo, maior arquiteto que o mundo antigo já conheceu, a descer ao planeta terra e construir um labirinto tão grande quanto o do Minotauro. O plano de Éris era fazer com que homens e mulheres passassem uma eternidade perdidos no labirinto. “Quanta desarmonia isso vai causar!”, gargalhava a deusa.
Dédalo também desceu na cidade de S. Paulo, e foi logo pegando um taxi para conhecer os arredores e começar a traçar a planta de seu novo labirinto. Depois de quatro horas preso em um engarrafamento – que lhe custou uma fortuna e toda sua paciência, saiu do carro abobalhado e perdeu-se para sempre pela grande cidade. Dizem que desceu na estação do metrô da Consolação, pensando ser lá o caminho para o mundo dos mortos, mas isso não posso afirmar.
Abaladíssima com mais um fracasso, Éris foi fofocar com sua melhor amiga, Pandora, esposa de Epimeteu. No passado, esta mulher curiosa abriu o jarro onde o Titã Prometeu escondeu os insetos da cobiça, inveja, ciúme e ira, espalhando grande confusão aos sete cantos.
Para consolar a amiga – e muito curiosa para conhecer aquele país estranho – tratou de descer ela mesma em busca de novas idéias de maldade para Éris. Pediu emprestado as asas de cera do menino Ícaro e lá foi ela aterrissar no meio de um grande planalto no centro do país, justamente na capital do Brasil: Brasília.
Como era muito bonita e comunicativa, Pandora logo fez amizade entre os círculos de políticos de todos os partidos, no senado, na câmara e no palácio do planalto. Aos pouquinhos foi se interando dos segredos que os homens escondiam e de todas as maldades que emanavam dali.
Depois de uma semana sem receber respostas da amiga, Éris mandou o gigante de um olho só, Ciclope, resgatá-la em Brasília. Ao presenciar tantas vigarices na capital do Brasil, Pandora voltou ao Olimpo em estado de choque e ficou para sempre feito a Ninfa Eco, repetindo com os olhos vidrados só a última palavra da frase dos outros. Quanto ao gigante Ciclope, fiquei sabendo que voltou ao mundo mortal e fez muitas amizades entre os fãs de X-Men.
Como último recurso, Éris decidiu ela mesma descer à Terra para castigar a humanidade. Depois de tantos planos furados, não temia mais os castigos de Zeus por quebrar sua lei divina. Confiava que seu velho truque do pomo da discórdia não falharia. Lá foi ela, feito um raio, brotar no meio da bela cidade do Rio de Janeiro.
Lançou seu pomo dourado, tão cobiçado no passado, em uma aglomeração de gente na frente de uma lanchonete. Para o desespero de Éris, as pessoas nem viram sua maçã encantada. Continuaram em alvoroço pedindo seus hambúrgueres e batatas-fritas, com seus telefones celulares ou mp3 nos ouvidos.
A deusa não aguentou tamanho desprezo e apanhou o Pomo da discórdia do chão, oferecendo-o pessoalmente às pessoas. “Eis aqui o sagrado Pomo Dourado, boa gente, quem vai lutar por este tesouro?, gritou ela, esganiçada. Entre os poucos olhares curiosos, uma menininha no fim da fila tomou a maçã da mão da Deusa e, depois de uma mordida, cuspiu de cara feia: “Cara, isso aqui é ruim pacas, tia!”
Não preciso dizer que Éris finalmente se mancou e voltou correndo para seu palácio no Olimpo. Descobriu em sua visitinha, nos programas de TV e nos jornais humanos, que o mundo não precisa mais dos deuses gregos ou romanos para infernizar as idéias. Afinal, já temos discórdias suficientes.
Foi assim que Éris, a antiga deusa da discórdia se aposentou de vez. Esta história foi aquele Ciclope que me contou – somos amigos no Facebook. Segundo ele, Éris finalmente encontrou a felicidade: levou para seu palácio no Olimpo um aparelho de televisão, e deve estar rindo agora lá em cima, assistindo de camarote as trapalhadas que os homens fazem a si mesmos.
Tentou de todas as maneiras convencer seu marido Ares, deus da guerra, a descer com ela novamente ao planeta terra para infernizar a vida dos homens. Mas Ares, que era um grande covardão e morria de medo dos raios de Zeus, não deu a mínima bola para os pedidos dela e continuou sua brincadeira com soldadinhos de chumbo feito por Hefesto, seu passatempo preferido nos últimos tempos.
Enfurecida, foi consolar-se na margem do Estige - o rio que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos – e escutar as velhas histórias que seu amigo Caronte, o barqueiro, contava sobre as almas penadas. Éris adorava histórias de terror.
Foi quando viu passar por ali o herói Héracles, o grandalhão mais forte de todos os tempos (mas burro feito uma porta), carregando sua grande clava cheia de espinhos. Éris teve a idéia de usá-lo para finalmente poder deliciar-se com mais uma quizomba entre os mortais.
Aproximou-se do brutamontes e mentiu que a grande Hera, esposa perversa de Zeus, lhe obrigava a realizar mais uma tarefa na terra, como complemento aos doze famosos trabalhos que realizara no distante passado. Afinal, treze é um número da sorte mais na moda.
Como Héracles era realmente muito burro e não desconfiava de ninguém, confiou na conversa fiada de Éris e aceitou. Pulou no primeiro Pégaso que cruzou os céus e desceu destrambelhado para cá. Isso mesmo, leitor amigo. Héracles aterrissou no Brasil.
A tarefa: desviar o rio Tietê e transformar a cidade de S. Paulo em uma grande poça d’agua. Éris mal esperava para fazer os humanos perderem suas casas! Que bela confusão seria! Para Héracles, que desviou dois rios para limpar os estábulos do rei Augias, como contam as histórias da mitologia, isso seria moleza.
No entanto, antes de iniciar sua missão, Héracles achou melhor conseguir uma roupa nova, já que estava sem a sua capa feita com a pele do leão da Nemeia – e morrendo de frio, peladão debaixo daquela garoa fina!
Farejou uma onça no zoológico municipal, e já estava atracado com o bicho para arrancar sua pele quando a polícia chegou. Héracles acabou preso por maltrato aos animais e atentado ao pudor.
Para grande tristeza de Éris, quando Héracles conseguiu escapar da prisão, S. Paulo já estava inundada por conta de muitos bueiros entupidos com sacos plásticos e um mês de chuvarada.
Mas Éris era teimosa e não desistiu de suas maldades. Obrigou a Dédalo, maior arquiteto que o mundo antigo já conheceu, a descer ao planeta terra e construir um labirinto tão grande quanto o do Minotauro. O plano de Éris era fazer com que homens e mulheres passassem uma eternidade perdidos no labirinto. “Quanta desarmonia isso vai causar!”, gargalhava a deusa.
Dédalo também desceu na cidade de S. Paulo, e foi logo pegando um taxi para conhecer os arredores e começar a traçar a planta de seu novo labirinto. Depois de quatro horas preso em um engarrafamento – que lhe custou uma fortuna e toda sua paciência, saiu do carro abobalhado e perdeu-se para sempre pela grande cidade. Dizem que desceu na estação do metrô da Consolação, pensando ser lá o caminho para o mundo dos mortos, mas isso não posso afirmar.
Abaladíssima com mais um fracasso, Éris foi fofocar com sua melhor amiga, Pandora, esposa de Epimeteu. No passado, esta mulher curiosa abriu o jarro onde o Titã Prometeu escondeu os insetos da cobiça, inveja, ciúme e ira, espalhando grande confusão aos sete cantos.
Para consolar a amiga – e muito curiosa para conhecer aquele país estranho – tratou de descer ela mesma em busca de novas idéias de maldade para Éris. Pediu emprestado as asas de cera do menino Ícaro e lá foi ela aterrissar no meio de um grande planalto no centro do país, justamente na capital do Brasil: Brasília.
Como era muito bonita e comunicativa, Pandora logo fez amizade entre os círculos de políticos de todos os partidos, no senado, na câmara e no palácio do planalto. Aos pouquinhos foi se interando dos segredos que os homens escondiam e de todas as maldades que emanavam dali.
Depois de uma semana sem receber respostas da amiga, Éris mandou o gigante de um olho só, Ciclope, resgatá-la em Brasília. Ao presenciar tantas vigarices na capital do Brasil, Pandora voltou ao Olimpo em estado de choque e ficou para sempre feito a Ninfa Eco, repetindo com os olhos vidrados só a última palavra da frase dos outros. Quanto ao gigante Ciclope, fiquei sabendo que voltou ao mundo mortal e fez muitas amizades entre os fãs de X-Men.
Como último recurso, Éris decidiu ela mesma descer à Terra para castigar a humanidade. Depois de tantos planos furados, não temia mais os castigos de Zeus por quebrar sua lei divina. Confiava que seu velho truque do pomo da discórdia não falharia. Lá foi ela, feito um raio, brotar no meio da bela cidade do Rio de Janeiro.
Lançou seu pomo dourado, tão cobiçado no passado, em uma aglomeração de gente na frente de uma lanchonete. Para o desespero de Éris, as pessoas nem viram sua maçã encantada. Continuaram em alvoroço pedindo seus hambúrgueres e batatas-fritas, com seus telefones celulares ou mp3 nos ouvidos.
A deusa não aguentou tamanho desprezo e apanhou o Pomo da discórdia do chão, oferecendo-o pessoalmente às pessoas. “Eis aqui o sagrado Pomo Dourado, boa gente, quem vai lutar por este tesouro?, gritou ela, esganiçada. Entre os poucos olhares curiosos, uma menininha no fim da fila tomou a maçã da mão da Deusa e, depois de uma mordida, cuspiu de cara feia: “Cara, isso aqui é ruim pacas, tia!”
Não preciso dizer que Éris finalmente se mancou e voltou correndo para seu palácio no Olimpo. Descobriu em sua visitinha, nos programas de TV e nos jornais humanos, que o mundo não precisa mais dos deuses gregos ou romanos para infernizar as idéias. Afinal, já temos discórdias suficientes.
Foi assim que Éris, a antiga deusa da discórdia se aposentou de vez. Esta história foi aquele Ciclope que me contou – somos amigos no Facebook. Segundo ele, Éris finalmente encontrou a felicidade: levou para seu palácio no Olimpo um aparelho de televisão, e deve estar rindo agora lá em cima, assistindo de camarote as trapalhadas que os homens fazem a si mesmos.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Franguinho
Quis se vingar, mas recuou. Palavras nas mãos.
Pensa, pesa. Inventou na hora que a vingança também pode ser um ato de amor. E ele ama.
Lembrou-se de tudo.
TUDO.
Por isso o movimento de agora. As mãos descem.
Bisturis. Frases.
O corte deixa a fruta aberta. Ironias do gesto.
Aproxima bem a boca da polpa amarela. Covarde. Humanamente covarde.
_ FRANGUINHO! SEJA HOMEM E SE ASSUMA!
Pensa, pesa. Inventou na hora que a vingança também pode ser um ato de amor. E ele ama.
Lembrou-se de tudo.
TUDO.
Por isso o movimento de agora. As mãos descem.
Bisturis. Frases.
O corte deixa a fruta aberta. Ironias do gesto.
Aproxima bem a boca da polpa amarela. Covarde. Humanamente covarde.
_ FRANGUINHO! SEJA HOMEM E SE ASSUMA!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Ménage
Não te quero canastra, Ás de Espadas,
A limitar as cartas como um muro.
Minha dama sonha em também ser vossa
Sem fazer paga de qualquer tributo.
Deixe que os reis entendam como troça:
Três espadas cortam melhor que duas...
Espera o soberano dar as costas
Para à mesa estarmos todos nós juntos.
Ditaremos as regras do Buraco...
É só jogando que o amor tem sorte!
Justificam-se as Copas dos meus atos.
E depois, quem sabe, Valete e Dama,
Abram também espaço pela cama
Para que você durma no baralho.
A limitar as cartas como um muro.
Minha dama sonha em também ser vossa
Sem fazer paga de qualquer tributo.
Deixe que os reis entendam como troça:
Três espadas cortam melhor que duas...
Espera o soberano dar as costas
Para à mesa estarmos todos nós juntos.
Ditaremos as regras do Buraco...
É só jogando que o amor tem sorte!
Justificam-se as Copas dos meus atos.
E depois, quem sabe, Valete e Dama,
Abram também espaço pela cama
Para que você durma no baralho.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Poema no espelho
Por detrás das minhas costas
Existe um reflexo que não vejo.
É lá, onde a luz parece morta,
Que brilha algo novo no espelho.
Apague as luzes de tua casa!
É a escuridão que engana o vidro...
Para que um mundo de imagens
Quando há tanto no vazio?
De tudo não há nada mais preciso:
A razão é muito fraca de sentidos.
Permito-me aos olhos do desejo...
É ele quem dita seus relevos!
Abro a porta, viro os ombros, sigo...
Translado minha idéia ao infinito.
Existe um reflexo que não vejo.
É lá, onde a luz parece morta,
Que brilha algo novo no espelho.
Apague as luzes de tua casa!
É a escuridão que engana o vidro...
Para que um mundo de imagens
Quando há tanto no vazio?
De tudo não há nada mais preciso:
A razão é muito fraca de sentidos.
Permito-me aos olhos do desejo...
É ele quem dita seus relevos!
Abro a porta, viro os ombros, sigo...
Translado minha idéia ao infinito.
sábado, 10 de julho de 2010
Novidades
Amigos e amigas deste blog,
Desculpem pelo silêncio, mas tenho uma boa justificativa! Passei os últimos meses produzindo o meu site pessoal. Lá vcs poderão ver que estou envolvido em muitos projetos, que tomam todo o meu tempo. Mas prometo novos textos agora no segundo semestre! Vai muito bem a produção do meu novo livro "Buriti Viola"! Aguardem!
Aí vai o site! Comentem, divulgem!
http://cascabulho.wordpress.com/
Bjs e abs
Desculpem pelo silêncio, mas tenho uma boa justificativa! Passei os últimos meses produzindo o meu site pessoal. Lá vcs poderão ver que estou envolvido em muitos projetos, que tomam todo o meu tempo. Mas prometo novos textos agora no segundo semestre! Vai muito bem a produção do meu novo livro "Buriti Viola"! Aguardem!
Aí vai o site! Comentem, divulgem!
http://cascabulho.wordpress.com/
Bjs e abs
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Site Caraminholas
O site da Caraminholas Produções entrou no ar hoje.
http://www.caraminholas.com/
Vejam e divulguem!
Bjs e abs
http://www.caraminholas.com/
Vejam e divulguem!
Bjs e abs
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