terça-feira, 14 de abril de 2009

A velha pasta no fundo do armário...

E o poema volta, sempre, no papel. Digo isso pq, depois da morte do meu HD, pensei que nunca mais veria meus velhos poemas, perdidos para sempre. Mas não é que uma arrumação no quarto pode mudar tudo? Encontrei uma pasta – velhinha – com muitos dos meus poemas mais antigos. A invenção de Gutemberg salvou minha memória...
Aos poucos vou postando algumas coisas das antigas por aqui. Palavras do início da minha poesia, antes de entrar na casa dos 20. Algumas do século passado! Esta é uma delas...

Poesia inacabada

Uma poesia inacabada
Procuro no meio dos papéis
Como que querendo completar
A parte que me falta

Uma poesia inacabada
Está dormindo solitária
Entre outras folhas mortas,
Desejando transformar-se em idéia,
Em sonho.

Mas se são todas elas
Sem início e sem final
Mesmo que pontuadas e finitas...

Inacabados somos nós,
Assim como as poesias,
Assim como os sonhos,
Tudo, tudo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Porque somos inacabados resta a certeza que podemos melhorar sempre. Crescer, evoluir, buscar novos rumos. Inacabada é a vida e viver "é afinar um instrumento".
Sua poesia revela que vc é bom desde o século passado,hein!?
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Eu também acredito nessa evolução... ou, como diz Euclides da cunha: “... creio naquela esplêndida e deslumbrante evolução de um caráter; creio sinceramente naquela ascensão progressiva de uma alma...”
Té mais, Fantasminha!