O poema é parte de uma porta
Que só abre quando a tua arte
Cria por pensamento um encaixe
Impreciso e, por isso, transborda.
É na imprecisão que a palavra mora.
Adiante, na disputa do desequilíbrio,
Pendem sete sentimentos por um fio
De sorte nas mãos de quem joga.
Por isso temo, e, só assim, transbordo.
O poema nasce como um acordo
Selado ante a felicidade e o medo.
Sabe-se que tudo – um dia – morre:
Eu, você... Toda menção de aconchego...
Como dói sabê-lo... Escrevo.
2 comentários:
"O poema nasce como um acordo
Selado ante a felicidade e o medo."
Entre outras coisas...
ADOREI meu 1º soneto!
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