sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Querias saber do Poeta...

O poema é parte de uma porta
Que só abre quando a tua arte
Cria por pensamento um encaixe
Impreciso e, por isso, transborda.

É na imprecisão que a palavra mora.
Adiante, na disputa do desequilíbrio,
Pendem sete sentimentos por um fio
De sorte nas mãos de quem joga.

Por isso temo, e, só assim, transbordo.
O poema nasce como um acordo
Selado ante a felicidade e o medo.

Sabe-se que tudo – um dia – morre:
Eu, você... Toda menção de aconchego...
Como dói sabê-lo... Escrevo.

2 comentários:

Anônimo disse...

"O poema nasce como um acordo
Selado ante a felicidade e o medo."

Entre outras coisas...

Vivian Schenkel disse...

ADOREI meu 1º soneto!