sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Soneto para a rainha morta

Por seguir em mim a trilha minha,
Nesta vazante de meus pés sozinhos
Adiante, no presente arrastado
Entre fendas que existem meu passado,

Dia a dia em sibilantes paranóias...
Fogo-fátuo consumido por memórias!
Tormentoso ver-te tendo olhos fechados
E sentir-te no vazio que há ao lado...

É tão perto onde jaz nossa distância...
Um canteiro onde brotam aos bocados
Mal me queres - flor sem esperança...

Não há morte mais dorida, Inês de castro,
Que viver perambulando pela vida...
De tua falta sigo sempre acompanhado.

35 comentários:

Anônimo disse...

Camões, Bocage, Thiago...
e a tragédia desse amor.
É tudo muito lindo!Só não é mais lindo porque é triste. Sinceramente, eu prefiro os piegas finais felizes. Mas é alma de poeta, né!!?? E alma de poeta...

Bj
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Pois é, ando meio noturno na poesia.
M. Machado, obrigado pela inspiração!

Bjs e abs

Anônimo disse...

Ao poeta:

O amor de Pedro a Inês é imortal. Segue pela vida, nesta ou alguma outra, isto não deve ser triste. Entretanto, no meu caso, sinto-me o sujeito no "Pastor Amoroso", isto sim é mais triste.

Rejeito o agradecimento,pois a inspiração vem do amor que sentes,com "a mais certa certeza..."

Beijitos,
M. Machado

Anônimo disse...

Completanto:

"O Amor é uma Companhia"

CAEIRO,Alberto O amor é uma companhia in: O Pastor Amoroso

obs - Perdi o meu cajado.

bjtos,
M.Machado.

Thiago Cascabulho disse...

Anônimos enigmáticos... seguem seus passos, F. de Mello! Que bom ter vcs por aqui, para perturbar minha madrugada.

Até a próxima

Anônimo disse...

Pois é, Poeta:

"Já que sou, o jeito é ser."

Porém,

"E ela não passava de uma mulher...
inconstante e borboleta."
Bj
F. de Mello

E tem mais pra completar:
"Eu quase que nada sei... mas desconfio de muita coisa." rsrs
Bj

Unknown disse...

COncordo com F. de Mello, lindo, mas tristee!

Ah! Esse blog tá ficando muito cheio de mistério! Acho que é isso que me prendi aqui!

beijos,

Anônimo disse...

Puxa, Poeta. Minhas desconfianças falharam. Que pena!!!

"Procuro uma alegria
uma mala vazia
do final de ano
e eis que tenho na mão
- flor do cotidiano -
é vôo de um pássaro
é uma canção."

E por falar em pássaros.
Por onde será que voa a Sabiá? Tão sumida!
Bj
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Que desconfianças? Pode me contar?
Sabiá deve estar cantando em outros terreiros... Que encontre alegria!

Bjs e abs!

Anônimo disse...

Ué, desconfiança dos novos misteriosos do teu blog! Errei feio!!!
Bem, prossegue-se a investigação...
Bj de detetive.

Anônimo disse...

Sabiá bate suas asas diarimente no blog do Poeta, mas está sem ânimo para cantar, e quando canta, fica no anonimato mesmo.
Querida F.de Mello, fiquei feliz que lembrastes de mim, e tb quando comentou que gostou do "Amor Infinito".
Sabe, deste sempre gosto mto de ti, mas cofesso que já tive mto ciúmes tbm...enfim...passou!

Beijos e até a próxima!
Sabiá.

Anônimo disse...

Ciúmes??? Por quê?
Olha, eu sou do bem. Pode ser minha amiga e estou aprendendo a ter amigos virtuais.
A gente se fala, viu.
Bj. Agora de amiga.

F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Que bom que estamos todos juntos, criando este espaço de delícias. Isso me motiva muito, me faz querer continuar...
Beijos e abraços pra vcs!

Anônimo disse...

Eu sei!
Tudo por acaso
Tudo por atraso
Mera distração...

Eu sei!
Por impaciência
Por obediência
Pura intuição...

Qualquer dia
Qualquer hora
Tempo e dimensão
O futuro foi agora
Tudo é invenção...

(...)

Ninguém vai
Saber de nada
E eu sei!...

Lenine


bjtos,
M. Machado

Thiago Cascabulho disse...

Ninguém vai saber de nada, M. Machado? Que pena...Pelo que vejo no blog temos pelo menos 3 fantasmas querendo saber quem é você!
Mistérios...

Anônimo disse...

E eu que pensava que era só eu! Três?
bj
F. de Mello

Unknown disse...

F. Mello, acho que eu sou a outra! Com ele, tres! Se bem que não somos fantasmas legitimos como vc.. ai entao num sei mais.

Mas quais eram as suas desconfianças? Eu tb tinha algumas, mas tb falharam, na verdade, uma delas era vc!

M. Machado, quien éres tu?Como assim ninguem vai saber de nada? sem graça...(rs)

Sábia, apareça mais!
Tb gostei do "Amor infinito"..Apesar de não acreditar muito nessa coisa de infinito e pra sempre.


Beijos gente!
Monique

Anônimo disse...

O sonho, Sebastião da Gama

Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

in Pelo Sonho é que Vamos


Acho que por isso venho sempre aqui no blog agora, pelo sonho que carrego, pelo que acredito, pelo que quero da vida...

Infelizmente, minha intenção não era me esconder atrás de um outro nome, mas, por enquanto, tenho que fazer isso.. Eu só sei que quando o poeta souber quem sou (se souber um dia), poderá ficar muito bravo com a brincadeira!

Beijitos,
M. Machado

Thiago Cascabulho disse...

Eita novelinha... Agora vc conseguiu colocar fogo na minha curiosidade. Até pq nao tenho a mínima idéia (e já provei pra mim mesmo - não é dona Fantasminha - que a minha imaginação pode me fazer mal).
Um dia, M. Machado, se tiver coragem de sair da toca, me mande um e-mail.
Até o próximo texto

Anônimo disse...

M. Machado, dá uma dica. O que vc quer da vida?
Poeta, tô provando do meu próprio veneno. Que não tem nada de venenoso.
Monique, vamos nos unir. onde está Sabiá, pra fazer parte desta trupe.
Bj
F. de Mello

Anônimo disse...

E que veneno, F. de Mello!A "novela" se repete...
ADOROOOOOOOO esse mistério!!!
E tenho certeza que o Poeta é dos meus.

Beijo grande!
Sabiá.

Anônimo disse...

Hoje eu tive medo.
Medo do que sou
Medo do que será
Medo, medo, medo.

"Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo
Ou se me acompanho
Hoje eu tô sozinha
e tudo parece maior
Mas é melhor ficar sozinha
que é pra não ficar pior...

F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Acabo de chegar no meio da madrugada em casa, um pernelongo mordeu meu dedo do pé, sujei minha camisa com vitamina de abacate e acabo de ver que meu ap tá um pântano... Mas, como diz um velho amigo: Que me importa!
Inté

Anônimo disse...

Pois é, quem se importa...

F. de Mello

Anônimo disse...

F. de Mello,

da vida: Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida...

do poeta: "Inconfesso Desejo"

bjtos,
M. Machado

Anônimo disse...

Quem se importa?

Se foi você
Que fez meu mundo desandar
E me perder ao te encontrar
E não me importa mais ninguém
Pra te ter vou mais além



Tudo em você me imorta. Até o pantano.

Estou contigo,

Bj

Cajuina

Leandro Jardim disse...

Bonito soneto! Prazer em conhecê-lo, companheiro de poesia. Me foste apresentado pelo amigo em comum Daniel Pereira.

Falemo-nos mais!
Grane abraço,
Leandro Jardim

Anônimo disse...

M.Machado, posso estar enganada, mas desconfio quem és tu. Esse teu desejo...

da vida: Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida...

Hummm...isso está "cheirando"...

Beijo grande!
Sabiá.

ALBATROZ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ALBATROZ disse...

POETA ATORMENTADO


Na calada noite que me inspiro,
A dúvida permanece intacta,
Ò Deus, por que esse suspiro?
Que faz a minha mente ficar inapta

Por mais que eu fuja da tentação,
A chama do desejo é mais forte
Por que resistir e ter medo da frustração?
Se posso ser feliz e acreditar que tenho sorte

O caminho da dúvida é corriqueiro
Não adiantar fugir, ele estará sempre acessível
Não adianta pensar que sou matreiro,
Pois a sabedoria nesses momentos fica indisponível


ALBATROZ

Anônimo disse...

Ontem vi um espetáculo lindo sobre Clarice Lispector. Deixo então pra vc, Albatroz:

"Eu escrevo sem esperança de que o que escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada...
Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar, de um modo ou de outro..."

F. de Mello

Anônimo disse...

Olha, não sou nem um (a), nem outro (a), nem mesmo esse (a) último (a), desses (as) fantasmas que cá habitam. Sou um (a) novo (a).

Não sei se é bonito escrever "cá habitam", mas me pareceu ser.

Não entendo nada de métrica, nem da mais simples rima, e acabo de me sentir (com razão) analfabeto(a) na poesia dessas e de outras línguas.

Já venho assombrando por aqui, muito às vezes, sem deixar nenhum nomezinho bonito como assinatura. Também nunca havia escrito e ousado tanto (pra mim isso é muito).

Gostei tanto dessa discussão de vocês...

Gostei demais do soneto do poeta. Thiago é um grande poeta... nas inspirações tristes ou nas alegres... com elas.

Abri um livro da Clarice e vou escrever o que apareceu. Só me resta o plágio...

"Seguiu-se um período de enorme calma. A vida revelava um progresso evidente assim como de súbito se percebe que a criança cresceu. Com a grande chuva a natureza, amadurecendo, caminhara para um ponto máximo, o que se sentia no modo mais folhudo das árvores se balançarem. E os poucos dias que se seguiram emendaram-se uns aos outros sem um incidente, como um dia só."

É... foi Clarice...

Desculpe-me por gastar espaço no seu blog.

Vou passar com mais frequência, se me permite.

(o)(a)

Ah.. o (o) , (a) não quer dizer que eu seja bi.... kkkk

Saudações...

(o) (a)

Thiago Cascabulho disse...

Amigo, este espaço nao se gasta nunca com o uso. Só melhora. E, pelo que vejo e sinto, serve para os mais diferentes propósitos... O que é ótimo! Fique e construa sua casa.

Bjs e abs

Anônimo disse...

Poeta,
viva esse amor, mesmo que dilacere.

Como bem disse Guimarães:
"Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida."

Thiago Cascabulho disse...

Obrigado pelo presente de ano novo.
Inté