quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Poema em 6 mãos

No dia do meu aniversário, como de costume, a Confraria Literária da Cachaça se reuniu para comemorar. Da festa nasceu um poema que gostei, iniciado pelo Aluísio, recheado pela Daya e concluído por mim. Aí vai:

Hoje a confraria tem dois lados
O de dentro, o de fora...
Mas também há outro
Que é limiar, intrinseco, faz a passagem, a unidade.
Qual o real sentido da fraternidade
Se não entre o agora que forma a eternidade?

11 comentários:

Anônimo disse...

Ainda que tenha sido em seis mãos, foi vc quem terminou. Então, seus últimos poemas são interrogativos. Interessante isso. Tá buscando respostas???? Foi só uma observação minha. Nem sei se faz sentido ou foi mera coincidência. O fato é que cada um tem a sua resposta e gente percebe isso quando a galera opina, né? Muito legal.

Só gente boa nessa Confraria, hein!
Bj
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Olá! Acho que esta é uma característica forte na minha poesia... vou pensar sobre isso.
Realmente a confraria é um espaço incrível, com pessoas especiais. A última quarta foi especialmente deliciosa... fechamos o bar e a noite cantando (e espantando os outros fregueses, que nao sabiam de onde vinha tanta alegria).
Bjs

Anônimo disse...

Por não poder calar-me quando se espera que eu cale, coloco aqui mais um poema:


Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.

(Nuno Júdice)

Beijitos,
M.Machado

Thiago Cascabulho disse...

Ninguém aqui quer que vc se cale, M Machado. Obrigado por tomar esta dose com a gente.
Volte sempre
Bjs, abs (e Beijitos) :)

Anônimo disse...

O que pode também transformar o que somos:

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
(Fernando Pessoa)

Bem, a gente tenta, Pessoa, enquanto o mundo, aguenta, já dizia minha amiga UXA.
Bj
F. de Mello

Unknown disse...

Se é pra falar da vida e do que somos, um Patativa do Assaré para divertir..

Dêste jeito Deus me quis
E assim eu me sinto bem;
Me considero feliz
Sem nunca invejá quem tem
Profundo conhecimento.
Ou ligêro como o vento
Ou divagá como a lêsma,
Tudo sofre a mesma prova,
Vai batê na fria cova;
Esta vida é sempre a mesma.

Ah! F. de Mello, mandou bem com o Pessoa ai..

Beijos!!!
Monique

Anônimo disse...

E a Uxa? Vcs conhecem? É td de bom! Da Sylvia Orthof. Uxa, ora fada, ora bruxa. É pra se divertir feito criança, confiram...
Bj
F. de Mello

Anônimo disse...

Por ser "divagá como a lesma", esqueci de dizer que adoro esse nosso "Cante Lá que Eu Canto Cá".
Bj
Eu de novo.

Unknown disse...

Claro que conheço F. de Mello, foi sugestão para minhas crianças do ano passado! Otimo!

"E assim é Uxa, a bruxa, ora boa, ora ruim,
ora antiga, ora moderna... afinal, Uxa muda,
muda muito, constantemente... eu acho, sei não,
eu acho Uxa muito parecida com muita gente!"

beijos!

Anônimo disse...

Fico feliz por sua sensibilidade! E por vc está aí!!! Tem gente que pensa que Literatura Infantil tem que ser qualquer coisinha, chué. Legal mesmo.
Poeta, perdoa usar teu espaço, mas é que palavra puxa palavra.
Bj
F. de Mello

Thiago Cascabulho disse...

Conmtinuem, que estou me divertindo!
Beijos