Desiguais, as extremidades da boca
Amam-se pelo acordo da palavra,
Desvairando emoções em voz rouca
Como quem confessa a própria alma.
Porém, é sonho de toda carne,
Sobre lábios de temerosos verbos,
Vibrar em silencio, como quem arde
Úmidas confissões de sentimentos.
E deixar toda poesia em suspense
Ao lascivo paladar pungente
Que a língua em brinde oferece.
Até em brisa tornar-se, o beijo;
Impresso em face rubra do desejo,
No adeus que aos amantes não fenece.
12 comentários:
Sem palavras (pq você simplesmente usou as melhores).
Ai, que coisa boa é beijo!!! E que coisa boa saber que também é poesia para muitos... Bj (desculpe a redundância)
Huuuummmm...quero mtos beijos e poesias só pra mim!!!
Pq vc é muito mais do que o melhor e eu não sei viver sem vc, sem seus beijos, sua poesia...TEAMO!
Anônimos, qual o sentido do anonimato?
Já escutaram a Tonga da Milonga do Kabuletê? Então, podem acrescentar o verso: você que lê e comenta / E não assina pra ver / Vou lhe rogar uma praga / Eu vou é mandar você...
Que coisa feia, vindo de um menino tão educado...
Veio de Vinícius de Moraes :)Sei que ele nao é mais menino faz tempo... Se ele era educado também nao posso garantir...
Bom, eu só estava querendo saber com que tipo de anônimo estou lindando: um Gasparzinho, um poltergeist, um espírito errante, uma alma condenada ou somente um fantasminha curioso...
Só uma fantasminha curiosa e que gosta muiiiiito de poesia....
Esqueci de dizer que adoro os poetas também porque com sensibilidade nos brindam com suas poesias! As vezes a gente chora e em outras a gente ri... O que seria do mundo sem a poesia? E o que seria de nós, reles mortais, sem os poetas?
Ufa, fico aliviado! Bom, fantasminha, volte sempre por aqui! Mas vou cobrar a taxa pelo anonimato: da próxima vez que aparecer, deixe uma dica de livro ou poema que goste... É bom compartilhar estas coisas! Até!
Primeira taxa:
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.
Tudo será permitido,
inclusive brincar nas Cascabulhices
e caminhar pelas tardes, noites e manhãs com uma imensa begônia na lapela, no cabelo...
Fantasminha de Mello
Adorei o “brincar nas cascabulhices”... Mas não se esqueça que só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Agora mais uma do mestre dos Amazonas:
Tudo é dança
O papagaio está pronto
Só falta agora empinar
O poema vai percorrer
O vento que merecer.
Como flecha,
Como dança
Um papagaio no céu!
O poema parece imóvel
Mas lateja no papel.
(é por aí, foi de memória :) )
Disso não me esqueço e nem quero esquecer, pois "amar é verbo intransitivo" que mais sei conjugar!
Apesar deste meu poeta dizer que amor não se conjuga, não se traduz...
Ê!! Trem bom é o amor, menino!
F. de Mello
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