segunda-feira, 23 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
O Beijo
Desiguais, as extremidades da boca
Amam-se pelo acordo da palavra,
Desvairando emoções em voz rouca
Como quem confessa a própria alma.
Porém, é sonho de toda carne,
Sobre lábios de temerosos verbos,
Vibrar em silencio, como quem arde
Úmidas confissões de sentimentos.
E deixar toda poesia em suspense
Ao lascivo paladar pungente
Que a língua em brinde oferece.
Até em brisa tornar-se, o beijo;
Impresso em face rubra do desejo,
No adeus que aos amantes não fenece.
Amam-se pelo acordo da palavra,
Desvairando emoções em voz rouca
Como quem confessa a própria alma.
Porém, é sonho de toda carne,
Sobre lábios de temerosos verbos,
Vibrar em silencio, como quem arde
Úmidas confissões de sentimentos.
E deixar toda poesia em suspense
Ao lascivo paladar pungente
Que a língua em brinde oferece.
Até em brisa tornar-se, o beijo;
Impresso em face rubra do desejo,
No adeus que aos amantes não fenece.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Equilíbrio
Equilibram-se os corpos
Em constante tentativa,
Desnudos, ébrios de poesia,
Aliviados da pequena morte.
Tudo é breve pulsão à vida
Pendular de vibrante sorte,
Que perdura ao estrelar de dia
A boemia que divaga a noite.
Pouco importa a metáfora
Que no sonho da palavra embarca
Suplicante, pelo horizonte da nuca.
Liquefaz-se em abraço morno
O sussurro que sugere ao sono
Um abrigado porto de ternura.
Em constante tentativa,
Desnudos, ébrios de poesia,
Aliviados da pequena morte.
Tudo é breve pulsão à vida
Pendular de vibrante sorte,
Que perdura ao estrelar de dia
A boemia que divaga a noite.
Pouco importa a metáfora
Que no sonho da palavra embarca
Suplicante, pelo horizonte da nuca.
Liquefaz-se em abraço morno
O sussurro que sugere ao sono
Um abrigado porto de ternura.
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